A
230 metros de altura, no morro do Pico, com entrada pelo Forte Barão do Rio
Branco, estão plantadas as ruínas do conjunto arquitetônico que, no século
XVIII, abrigou as fortificações do Pico ou São Luiz.
Uma
curiosidade sobre seu portal é que foi todo construído em Portugal e as pedras
foram enviadas para o Brasil em navios, todas numeradas para a montagem do
quebra-cabeças na fortificação.
Em
1715, dá-se início à construção do Forte do Pico, que tem suas instalações
inspecionadas, em 1762, pelo Marquês do Lavradio, considerando-se o Forte em
condições de funcionamento em 1770.
Em 1775 é fundado, sob ordem do mesmo
marquês, o Forte de São Luiz, que tem sobre o portão de entrada, o seguinte
dístico: "Josepho I. Imperante, Fidel.mo Portugaliae Rege, Provident.mo
Príncipe, Arx Haec, Divo Aloisio Sacrata. Fundata est. 1775".Em 1891, na
mesma época da desativação das fortificações brasileiras, os dois fortes são
ligados, passando a constituir um único conjunto, hoje denominado Forte do Pico
ou de São Luiz, indiferentemente.
Essa
fortificação, dada sua altura e localização, protegia a entrada da barra, toda
a Baía de Guanabara e a Fortaleza de Santa Cruz de possíveis ataques.
Sua ação
militar mais conhecida, entretanto, ocorre já na República, por ocasião de
rebelião liberada pelo 2º Sargento Silvério Macedo, em 1º de Janeiro de 1892,
com o objetivo de restituir o governo a Deodoro da Fonseca.
As tropas rebeladas
tomam a Fortaleza de Santa Cruz, libertam os prisioneiros, tomam posse dos
canhões e de todo o armamento e prendem os oficiais, passando a atirar contra a
Fortaleza de Laje.
Do Forte do Pico saem dois batalhões que dominam os
revoltosos, já bombardeados, por mar, pelos navios comandados pelo próprio
Ministro da Marinha, Almirante Custódio de Melo. Mais tarde, este Almirante
lidera a Revolta da Armada, sendo derrotado exatamente pelas tropas da
Fortaleza de Santa Cruz e Forte do Pico, que se mantiveram fiéis ao governo
republicano de Floriano Peixoto.
Em 1918, sendo Presidente da República Wenceslau Braz,
foi concluída a construção de outra fortificação, na parte mais elevada do
morro, contando com modernos e eficientes obuseiros de 280 milímetros,
importados da Alemanha, mas considerados, já em 1965, obsoletos, tendo sido o
Forte desativado.
A entrada para o forte de São Luiz é feita
pelo forte do Barão do Rio Branco
Fonte: Fortificações do Brasil, Garrido
Fonte: http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=273&muda_idioma=PT
Fonte: http://fortesdeniteroi.blogspot.com.br/2010/09/fortes-sao-luiz-e-do-pico.html
Imagens: internet
Imagens: http://www.panoramio.com/user/182906/tags/Niter%C3%B3i?photo_page=1
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