segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

REAL FORTE PRINCIPE DA BEIRA - RO

Abandonado por décadas, o Real Forte Príncipe da Beira, um dos marcos mais monumentais da ocupação portuguesa na Amazônia está sendo estudado por arqueólogos para ser restaurado e, quem sabe, virar uma importante atração turística da região amazônica. 

Projetada pelo arquiteto italiano Domingos Sambucetti, que morreu de malária durante a obra, a construção está localizada às margens do Rio Guaporé, na fronteira do Brasil com a Bolívia, no município de Costa Marques (RO). 

A função do forte inaugurado em 1783 (20 07 1776, iniciou as obras) era guardar os limites entre os impérios português e espanhol. Quando a ocupação da região já estava consolidada, perdeu sua função e acabou abandonado. 

Teve início em 2010 um projeto de recuperação de fortificações do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) permitindo conhecer melhor como era a vida dos ocupantes do ,Príncipe da Beira. Mais de 40 mil peças já foram encontradas nas escavações da parte interna do forte. “Há muitos restos de fardamentos, insígnias militares. Encontramos 2.200 balas de canhão”, relata Fernando Marques, arqueólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi que desde o ano passado desenvolve trabalho de campo no sítio. 


Um dos aspectos interessantes do material recolhido no trabalho de recuperação é a evidência da integração dos militares com a população da região. Nas escavações foram encontradas “louças europeias misturadas com cerâmicas nativas", segundo relata Marques. “Dentro do espaço do forte havia capela, hospital, boticário, costureiros. 


E, ao lado dele, foram surgindo comunidades”, descreve o arqueólogo. Segundo ele, suas instalações permitiam dar abrigo a cem soldados.

A área central onde grande parte dos objetos foram encontrados é um quadrado com 10 mil metros quadrados de área. A frente externa do forte tem 250 metros. A imponência da construção não chegou a ter emprego em batalha, já que o forte nunca esteve envolvido em combate.


é uma fortaleza composta de uma muralha de aproximadamente 980 metros de perímetro, erigida em taipa de formigão e protegida por cortinas de pedra tapiocanga aparelhada.

Cercado por muralhas que medem 10 metros de altura, a fortaleza é basicamente constituída por uma praça central, onde existem as ruínas de quinze prédios.

Além do tombamento pela União, o Forte é tombado como patrimônio do Estado de Rondônia, sendo reconhecido por meio da Constituição estadual de 1989, artigo 264. Por se encontrar dentro de área militar, a responsabilidade fundiária compete ao Exército Brasileiro.

Segue imponente as margens do rio Guaporé





































Referencias:
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1064

http://fortalezas.org/index.php…
Seraphico, Luis, Fortalezas Historicas Brasileiras.
Imagens: internet e cedidas pela professora e historiadora Janaina Meazza que esteve no local em 2014.

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