Do
ponto de vista histórico, a cidade de Salvador sempre fora palco de importantes
rebeliões que iam contra as imposições oficiais.
A
Sabinada ocorreu no estado da Bahia e foi uma revolta realizada pelos militares
e pelos integrantes da classe média como profissionais liberais, comerciantes e
funcionários públicos. São muitas as causas dessa revolta. Uma delas é o grande
descontentamento com as imposições que vinham de Portugal. Nessa época, a
exemplo, os governantes de Províncias eram nomeados por Portugal, não havia uma
eleição para a escolha dos governantes e isso acabava prejudicando a população
local. Outro motivo eram os altos impostos que também eram cobrados pelo
governo regencial.
O
então regente Diogo Antônio Feijó renuncia ao seu cargo e isso aumentou ainda
mais a frágil estabilidade no Brasil e, principalmente, na Bahia. O motivo
alegado de sua renúncia foi o fato de não conseguir controlar as revoltas que
estavam ocorrendo no Brasil. O estopim da Sabinada aconteceu quando foi
estabelecido pelo governo regencial o recrutamento militar obrigatório para
combater outra revolta que estava ocorrendo no sul do Brasil: a
denominada Guerra dos Farrapos. Esse decreto causou grande revolta na
população e, aproveitando essa reação, o médico e jornalista Francisco Sabino
Vieira inicia o movimento que acabou levando seu nome.
Ainda
na madrugada do dia 6 de novembro para o dia 7 do mesmo mês do ano de 1837, o
líder Francisco Sabino e seus seguidores acabaram proclamando a “República
Bahiense” que seria uma república provisória, somente existiria até que o
herdeiro do trono, Pedro de Alcântara, atingisse a maioridade. Os revoltosos
conseguiram o apoio de vários integrantes do exército e foram para as ruas,
tomando diversos quartéis como o Forte de São Pedro. O governo imperial tentou
acabar com a revolta, mas os soldados enviados acabaram passando para o lado
dos revoltosos. Outro edifício que também foi ocupado foi a Câmara Municipal
onde foi assinada a primeira ata da nova república e que tinha mais de cem
assinaturas, tendo Daniel Gomes de Freitas nomeado Ministro da Guerra.
A
repressão acabou acabando com a revolta, com Salvador retomada. Houve cerca de
2 mil mortes, entre revoltos e membros que combateram ao lado do governo, mais
de 3 mil pessoas foram presas. Assim, em março de 1838, a rebelião chegava ao
fim.
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