quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

A SABINADA 1837 A 1838



Do ponto de vista histórico, a cidade de Salvador sempre fora palco de importantes rebeliões que iam contra as imposições oficiais.  

A Sabinada ocorreu no estado da Bahia e foi uma revolta realizada pelos militares e pelos integrantes da classe média como profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos. São muitas as causas dessa revolta. Uma delas é o grande descontentamento com as imposições que vinham de Portugal. Nessa época, a exemplo, os governantes de Províncias eram nomeados por Portugal, não havia uma eleição para a escolha dos governantes e isso acabava prejudicando a população local. Outro motivo eram os altos impostos que também eram cobrados pelo governo regencial. 

O então regente Diogo Antônio Feijó renuncia ao seu cargo e isso aumentou ainda mais a frágil estabilidade no Brasil e, principalmente, na Bahia. O motivo alegado de sua renúncia foi o fato de não conseguir controlar as revoltas que estavam ocorrendo no Brasil. O estopim da Sabinada aconteceu quando foi estabelecido pelo governo regencial o recrutamento militar obrigatório para combater outra revolta que estava ocorrendo no sul do Brasil: a denominada Guerra dos Farrapos. Esse decreto causou grande revolta na população e, aproveitando essa reação, o médico e jornalista Francisco Sabino Vieira inicia o movimento que acabou levando seu nome. 

Ainda na madrugada do dia 6 de novembro para o dia 7 do mesmo mês do ano de 1837, o líder Francisco Sabino e seus seguidores acabaram proclamando a “República Bahiense” que seria uma república provisória, somente existiria até que o herdeiro do trono, Pedro de Alcântara, atingisse a maioridade. Os revoltosos conseguiram o apoio de vários integrantes do exército e foram para as ruas, tomando diversos quartéis como o Forte de São Pedro. O governo imperial tentou acabar com a revolta, mas os soldados enviados acabaram passando para o lado dos revoltosos. Outro edifício que também foi ocupado foi a Câmara Municipal onde foi assinada a primeira ata da nova república e que tinha mais de cem assinaturas, tendo Daniel Gomes de Freitas nomeado Ministro da Guerra.

A repressão acabou acabando com a revolta, com Salvador retomada. Houve cerca de 2 mil mortes, entre revoltos e membros que combateram ao lado do governo, mais de 3 mil pessoas foram presas. Assim, em março de 1838, a rebelião chegava ao fim.


Referencias: DEL PRIORE, Mary, VENANCIO, Renato. Uma Breve História do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
Imagem: Internet

 


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