Confederação do
Equador (1824)
As
atitudes de D. Pedro I foram consideradas autoritárias por alguns liberais da
época, a exemplo de Cipriano Barata e Frei Caneca, favoráveis a um sistema
republicano com poder descentralizado. O descontentamento transformou-se em
revolta e explodiu quando o imperador nomeou, em julho de 1824, um novo
presidente para a Província de Pernambuco, fato que desagradou as lideranças
políticas locais, sobretudo as de Olinda e Recife, centros do movimento. O
principal líder da revolta foi justamente o governador destituído, Manuel de
Carvalho Pais de Andrade.
Essa
Constituição estabeleceu o chamado voto censitário, ou seja, o direito ao voto
dependia da renda : anual. O mesmo critério valia para quem quisesse ser
candidato. Resultado: a maioria da população continuava sem participar. No
mais, a Constituição criou 4 poderes:
Judiciário: composto por juízes nomeados pelo : imperador;
Legislativo: composto por políticos responsáveis pela elaboração de leis: deputados (mandato de 3 anos) e : senadores (mandato vitalício);
Executivo: composto por ministros de Estado nomeados pelo imperador, que cuidavam da administração pública e cumpriam as leis;
Moderador: exclusivo do imperador, concedia a este plenos poderes para intervir nos demais, devendo para isso consultar o Conselho de Estado, órgão composto por membros vitalícios nomeados pelo próprio imperador
Judiciário: composto por juízes nomeados pelo : imperador;
Legislativo: composto por políticos responsáveis pela elaboração de leis: deputados (mandato de 3 anos) e : senadores (mandato vitalício);
Executivo: composto por ministros de Estado nomeados pelo imperador, que cuidavam da administração pública e cumpriam as leis;
Moderador: exclusivo do imperador, concedia a este plenos poderes para intervir nos demais, devendo para isso consultar o Conselho de Estado, órgão composto por membros vitalícios nomeados pelo próprio imperador
Cabanagem:
Revolta
popular ocorrida durante 1835 -1840, o período regencial na província do Grão-Pará contra o
governo central regencial. Sua composição inicial era de população ribeirinha,
moradores das cabanas (cabanos) e posteriormente, dado o sucesso das revoltas,
por comerciantes e fazendeiros.
Os
objetivos eram, portanto a melhora da qualidade de vida e na independência da
província. Segundo o historiador Caio Prado Jr. foi a maior revolta popular
brasileira, se não por duração ( 1835-1840) pela intensidade e composição.
Seu
desfecho se dá em derrota contra as forças legalistas, não atingindo, portanto
os objetivos (muito pela sucessão de traições na liderança do projeto
emancipacionista) e deixando, na mais tímida das hipóteses, 30.000 mortos.
Sabinada
Revolta
popular ocorrida entre 1837 e 1838, pretendeu uma proclamação provisória da
república baiense até a maioridade de D. Pedro II.
Revolta
empreendida por fazendeiros, militares e integrantes de uma classe
intermediária teve como líder o médico Francisco Sabino.
Após
alguns enfrentamentos e aproximadamente 2.000 mortos os objetivos não se
concretizaram.
Balaiada
Revolta
popular ocorrida no Maranhão entre 1838 e 1841 com intenção de controle do
poder local. Revolta dividida entre ideais mais conservadores e radicais porém
sem objetivos claramente definidos. Sua causa imediata se deu pela extrema
miséria enfrentada pela população a crise econômica causada pela estagnação da
cultura do algodão. Na sua composição, pelos mais radicais estavam artesãos de
balaios (segundo o Rangel: uma coisa feita para carregar coisas). A contenção
dos revoltosos se dá pelas forças legalistas que tinham no comando o futuro
Duque de Caxias.
Farroupilha
Revolta
elitista sulista; teve a mior duração entre as demais revoltas a ela
contemporâneas.
Causa
imediata da insatisfação que geraria a guerra foi a crise da produção pecuária
sobre o Charque, tanto pela elevação do valor do Sal quanto pela redução
tributária das importações de carne da região platina e aumento tarifário para
os gaúchos.
Poucos
anos antes havia o exemplo da independência dos uruguaios (província
Cisplatina) o que serviu de inspiração para a república Piratini (riograndense)
e a posterior república Juliana (em Santa Catarina).
Seus
líderes principais, Bento Gonçalves e Garibaldi, defendiam interesses
comerciais de uma classe se não elitista, ao menos intermediária. Seu desfecho
se dá pela articulação de trégua no qual houve a presença mais uma vez do Duque
de Caxias.
Malês
Conflito
de poucos dias em 1835, peculiar, uma vez que envolveu questões como escravidão
e religião.
Negros
muçulmanos (portanto letrados) disseminavam panfletos objetivando projeto de
abolição escrava restrita, extermínio dos brancos e um Estado muçulmano em
Salvador.
Nenhum
dos objetivos foi alcançado.
Fonte: REIS, João José. A morte é uma festa: Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia de Letras, 1991.
Cemiterada
No dia 24 de outubro de
1836, entrava em vigor uma lei em Salvador que proibia os tradicionais enterros
no interior das igrejas e dava a uma companhia privada o monopólio dos enterros
por trinta anos, no cemitério chamado de Campo Santo. Insatisfeitos com a
postura do governo da Bahia, um dia após a lei ser outorgada, as irmandades
católicas se organizam e vão protestar em frente ao palácio do governo
provincial.
As irmandades eram
organizações responsáveis pela devoção festiva de santos específicos e seus
membros estavam reunidos de acordo com a classe que pertenciam na sociedade.
Haviam irmandades predominantes, mas não exclusivas, de brancos, mulatos e
pretos, ricos e pobres. As irmandades se responsabilizavam pelos funerais
dos seus membros, chegando a enterras pessoas estranhas por um valor determinado.
No dia 25 de outubro de
1836, as irmandades marcham em direção ao palácio provincial, convidando seus
membros e o público em geral para protestar contra a nova lei. A multidão se
reuniu, vestidos a caráter, carregando cruzes e bandeiras referentes a sua
irmandade, o protesto tomou tal proporção que polícia estimou cerca de duas a
quatro mil pessoas. Devido a imensa multidão que se postou frente ao palácio, o
presidente da província, Francisco de Sousa Paraíso, aceitou negociar com os
principais representantes das irmandades. Devido a pressão exercida, Paraíso
decide convocar uma reunião extraordinária da Assembléia Provincial para
rever a lei, acalmando em parte, os ânimos dos protestantes e enquanto a
reunião não ocorria para dar o parecer final, os enterros continuariam sendo
nas igrejas.
Mesmo com a decisão do
governador que atendia, por enquanto, a vontade do povo, um grupo aproximou-se
do escritório da companhia do cemitério gritando “vivas às Irmandades e morras
aos Pedreiros livres”, em seqüência apedrejaram o lugar. Em seguida,
a multidão marchou sentido ao Campo Santo, que ficava a três quilômetros
do centro da cidade, lá a destruição foi praticamente total. Os policiais que
acompanharam tudo de perto não puderam fazer nada, a quantidade de pessoas era
imensa e usar a força contra homens e mulheres que carregavam cruzes seria
politicamente incorreto. A manifestação só teve fim a noite, o cemitério estava
destruído e o povo contente. Assim ocorreu a Cemiterada de1836 na Bahia.
Fonte: REIS, João José. A morte é uma festa: Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia de Letras, 1991.
Segundo Reinado (1840 – 1889)
Revolução Praieira
Aconteceu
em Pernambuco e foi a última grande revolta interna do Império. Nessa época
(1848) a economia da Província de Pernambuco girava em torno dos engenhos de açúcar (controlados por algumas poucas
famílias locais) e do comércio (controlado pelos portugueses). O Partido da Praia,
composto por liberais, combatiam as desigualdades divulgando suas ideias no
jornal Diário Novo, localizado na Rua da Praia, em Recife. Por essa época, o
presidente de Pernambuco era um homem comprometido com as causas liberais, mas
foi substituído por um conservador, representante da elite.
Os
praieiros não aceitaram a troca e organizaram a Revolução Praieira, sob a
liderança do militar Pedro Ivo e do jornalista Borges da Fonseca, divulgaram
suas ideias através de um documento chamado Manifesto ao Mundo (que, apesar de
liberal e democrático, não fazia referência à escravidão).
A Revolução Praieira não chegou a durar um ano. Sem recursos e com cerca de dois mil homens, os praieiros foram facilmente dominados pelas tropas do Império.
A Revolução Praieira não chegou a durar um ano. Sem recursos e com cerca de dois mil homens, os praieiros foram facilmente dominados pelas tropas do Império.
O
parlamentarismo brasileiro
A
criação do cargo de primeiro-ministro (presidente do Conselho de Ministros), em
1847, marca o início do parlamentarismo no Brasil, também chamado de
“parlamentarismo às avessas”, pois fora copiado do modelo inglês e adaptado
pelo poder moderador.
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